Trecho das "Memórias", de Gregório Bezerra, o homem "feito de ferro e de flor":
"Minhas boas relações com os presos comuns da Detenção trouxe, na época da Páscoa, uma surpresa agradável e honrosa. Fui convidado por um dos detentos para assistir ao ato religioso relativo à data e que seria celebrfado por D. Helder Camara, arcebispo de Olinda e Recife.
Vinha acompanhando com interessea atuação desse eclesiástico, principalmente seus pronunciamentos humanitários após o golpe de 1964. Não o conhecia pessoalmente e a Páscoa seria uma ocasião para ver essa figura, que se tornara célebre em defesa dos presos políticos torturados e assassinados nas prisões da ditadura fascista.
Fui, vi e ouvi a pregação, destinada não somente aos presos comuns, mas também aos religiosos das Igrejas de Nossa Senhora do Carmo, de Santa Terezinha e de algumas outras, que formavam verdadeira multidão".
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