sexta-feira, 26 de março de 2010

ILHAS QUE COMPÕEM O ARQUIPÉLAGO DE FERNANDO DE NORONHA

Vinte e uma ilhas comõem esse Arquipélago tão decantado por todos... Só uma é habitada. As demais, constituem o patrimônio ambiental que merece todas as cautelas e proteção. São elas:

ILHA PRINCIPAL

Ilha de Fernando de Noronha - a maior de todas - possui 17 Km2, com cerca de 10Km de comprimento e 3,5Km de largura máxima. É acidentada, com diversas elevações, destacando-se o morro do Pico, com 323m de altura; o morro do Espinhaço (223m); o morro do Francês (195m); o alto da Bandeira (160m); o morro do Curral (126m); o morro de Sto. Antônio (105m).

Nesta ilha estão os sítios históricos (a Vila dos Remédios, a Vila da Quixaba, as ruínas dos Fortes de São Pedro do Boldró, de Sto. Antonio, de N.Sª da Conceição (entre outros), as vilas residenciais, as Pousadas Domiciliares, o Aeroporto, a Creche, a Escola, o Hospital, a Usina Elétrica Tubarão, a Usina de Tratamento d’água Pirauna, a Usina de Dessalinização, a Usina de Tratamento de Lixo e demais serviços.

Parte dessa ilha é Parque Nacional Marinho desde 1988, havendo uma divisão espacial identificada como Área de Proteção Ambiental – APA, que corresponde a 30% de toda a área e Área do PARNAMAR / FN, com 112,7 Km2, incluindo-se aqui a parte marítima, até a isóbata de 50m de profundidade.

Ao redor dessa ilha maior, outras pequenas ilhas, rochedos e ilhotas compõem o cenário decantado por estudiosos e trovadores.

ILHAS SECUNDÁRIAS:

1. Ilha Rata – O nome é controvertido. Seria “Ilha dos Ratos” mencionada por Thevet, em 1556?

É a segunda em tamanho, com uma área de 6,8Km2, formada por rochas escuras e paredões abruptos. Nela há um farol automático para orientação à navegação. Foi base do experimento comercial que explorou o “guano” (fosfato de cálcio) existente em sua superfície, como resultado do acúmulo de excrementos de aves marinhas “o maior deposito de fosfatos zoógenos do Brasil”. Possui vegetação arbórea, incluindo a burra-leiteira”, a leucena, o pinhão branco, a gameleira (o fícus noronhae), entre outras.

Destacam-se nela o “Pontal da Macaxeira” e a ilha do Lucena, que na maré alta já se configura como quase uma outra ilha. Uma escada de ferro encravada na rocha, em sua face sul, permite o acesso de estudiosos e controle da Marinha.

2. Ilha do Meio – Situa-se entre a Ilha Rata e o rochedo Sela Gineta. Possui base mais estreita do que seu topo, em virtude da arrebentação das ondas na base dos seus paredões. No seu solo, muitos ninhos de aves marítimas, muito apreciadas nos passeios marítimos.

3. Ilha Rasa – Fica próxima ao rochedo Sela Gineta e ao lado da ponta da Air France, da ilha principal. É a mais baixa em altura de todas as ilhas secundárias, e seu topo se caracteriza por forte erosão.

4. Ilha de São José –composta de rochas basálticas, escuras, está ligada à ilha principal por um caminho de seixos negros arredondados, que permitem acesso a ela na maré baixa. No alto foi construído, no século XVIII – o Forte de São Jose do Morro -, o único do sistema defensivo implantado fora da ilha principal.

5. Ilha do Cuscuz – Formada por rocha basáltica, próxima ao morro de São José, tem seu nome originário na semelhança com o “cuscuz nordestino”, alimento muito comum na região.

6. Ilha do Lucena – ponta da ilha Rata que vem se separando, pela ação do mar. Só na maré baixa, percebe-se a ligação com a Ilha Rata da qual se origina.

7. Ilha do Chapéu do Nordeste – pequena formação calcarenítica junto às rochas de acesso ao morro de São José.

8. Ilha Cabeluda –Semelhante ao rochedo Sela Gineta, é também rocha fonolítica, situada na saída da baía Sueste, no “mar-de-fora”.

9. Ilha do Chapéu do Sueste – Assemelha-se às lhas do Meio e Rasa, na sua formação e se parece com um pequeno cogumelo. No seu topo podem ser observados aratus e caranguejos.

10. Ilha dos Ovos – Fica em frente à Enseada do Abreu, entre a baía Sueste e a Praia de Atalaia e é também fonolítica.

11. Ilha Trinta-Réis – pequeno alto fonolítico esbranquiçado pela presença do guano em abundância, fica próximo ao “Chapéu do Sueste”, no mar-de-fora

12. Ilhota da Conceição ou do Morro de Fora – É a mais atingida pela erosão. O grande bloco de pedra assemelha-se, a um cachorro deitado, tendo como “cauda” o Pião, um bloco maciço que é considerado – pelo seu equilíbrio - como prova de não existirem tremores de terra no arquipélago.

13. Rochedo Sela Gineta - Composto por rocha fonolítica, situa-se entre as ilhas Rasa e do Meio, destacando-se pela sua imponência topográfica. Seu nome decorre da semelhança com o dorso de um ginete.

14. Rochedo Dois Irmãos – Duas ilhas muito semelhantes entre si, formadas por rochas vulcânicas de cor escura, sobre as quais existem resíduos de “guano”, que lhes acrescentam tons esbranquiçados de rara beleza. É o mais significativo afloramento de lavas vulcânicas do arquipélago, tendo inspirado uma das famosas lendas de Fernando de Noronha: a LENDA DO PECADO, onde são considerados “os seios de uma mulher gigantesca, petrificados por castigo de haver pecado”.

15. Rochedo da Ilha do Frade – afloramento de rocha fonolítica, assemelha-se a um frade sentado, de capuz, como em posição de oração. Já foi chamada “Ilha dos Sinos”, pelo barulho do mar batendo nas rochas. Em mapas antigos pode-se acompanhar as modificações ocorridas nesse morro, ao longo dos tempos, pela ação dos ventos e das águas.

16. Rochedo próximo à Ilha dos Ovos, no mar-de-fora.

17. Rochedo situado próximo à Ponta das Caracas e à Baía Sueste.

18. Rochedo do Morro do Leão – Rocha fonolítica, está situado no mar-de-fora, junto à Praia do Leão, assemelhando-se a um leão marinho, deitado, vindo daí o seu nome.

19. Rochedo do Morro da Viuvinha - Rocha fonolítica, situado junto ao Rochedo do Leão, na mesma praia, no mar-de-fora, é local de nidificação de aves.

22. Rochedos das Pedras Secas – Três pequenas formações calcareníticas, localizadas no mar-de-fora, distantes do conjunto do arquipélago, na direção da praia de Atalaia e da Enseada da Caeira. Chamados de “escolhos” por Américo Vespúcio, em 1503, na sua carta descritiva da abordagem do arquipélago, feita face ao naufrágio ocorrido nessa proximidade. É o legendário lugar onde começa a história oficial de Fernando de Noronha.

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