Afinal, são dez anos de uma cirurgia necessária, diante de um mal definitivo. Dez anos -
neste 13 de fevereiro de 2014 - dos medos, das inquietações, das
possibilidades, da fé ampliada e mais
forte! Dez anos de estar entregue às mãos experientes que tentariam um
resultado positivo, mais tarde transferidas para outras mãos que conduziriam o
tratamento adequado.
Pela primeira vez na vida eu
enfrentava algo que parecia tão distante de mim e que jamais haveria de me
atingir, apesar dos antecedentes familiares tão evidentes. Lembro-me de ter
confidenciado à médica mastologista que “acreditava em Deus e nos avanços da
Medicina” (que não era a
Medicina que, há décadas passadas, nada pode fazer pelo meu pai e minha tia
pelo lado materno).
Entreguei-me. Recebi as bênçãos e
as orações dos padres-amigos. E muitas formas as expressões de carinho foram
chegando, ampliando aquela rede de preces e pensamentos positivos, que seriam a
minha força, na entrega.
Fui acalentada, fortalecida,
consolada, animada por mensagens fortes, procurada por gente de perto e gente distante
(no espaço e no tempo de procura)... No coração, uma constante vontade de dar graças
por isso e seguir em frente, sem medo nem vacilações...
Hoje completam-se dez anos desse
momento extremo, quando estive no limiar de ganhar ou perder a minha vida e
lembrá-lo é mais uma forma de ser grata - sempre - àqueles que foram “Cirineus” na minha caminhada quase
interrompida, ajudando-me a levantar e carregar o fardo que eu não pedira mas
que recebia como acréscimo ao fortalecimento da minha alma!
Bem-vindos, meus dez anos de alforria! Benditos todos que fizeram - e muitos ainda o
fazem - parte da minha história, pelo que significaram nesse momento crítico! Benditos
todos os médicos que me ampararam! Os acompanhantes de cada madrugada de
vigília! Os que permaneceram em oração pelo meu restabelecimento! Os que
confirmaram, na dor, sua capacidade de ser AMIGO!
Hoje, é o meu DIA DE GRATIDÃO! Aleluia!!!
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